Páginas

0

Ichthyophthirius multifiliis (doença do ponto branco)



Estamos recebendo muitas ligações de clientes com "problemas" de ichthyo. Por este motivo, resolvi postar este artigo.


O ichthyophthirius é uma de ciliado. Os ciliados são micro organismos unicelulares. Há muitas espécies diferentes em todos os aquários, sendo a maioria deles demasiado pequenos para serem vistos a olho nu. Eles comem bactérias e pequeníssimas partículas flutuantes, e são um belo petisco suplementar para os peixes mais pequenos.

Mas, alguns ciliados são parasitas, que vivem dos peixes alimentando-se das substâncias corporais segregadas pelos mesmos.


O organismo unicelular ichthyophthirius pode medir até 1,5mm. E é perfeitamente visível sobre a pele, a olho nu. Pelo fato de deixar o peixe coberto com pústulas brancas, que mais parece polvilhado com areia ou areão, o ichthyophthirius é geralmente apelidado como "doença do ponto branco" ou, menos comum, "doença da areia".

A doença manifesta-se inicialmente nas basbatanas ou nas costas dos peixes. Na primeira fase os peixes fecham as barbatanas e tentam libertar-se dos parasitas, roçando-se contra as decorações e contra as plantas. Numa fase mais avançada da doença são tantos os parasitas na pele, que chegam a formar extensas manchas branco-amareladas na mesma.


Como a doença se propaga rapidamente no aquário, é necessária a aplicação imediada de remédio (eu indico Sera Costapur - água doce, pois este medicamento pode afetar invertebrados e corais duros). Sera Costapur é para utilizar em aquários comunitários. Desta forma, os parasitas na sua fase natatória (podemos chamar-lhe de 'cardume' ou ' enxame', nadando livremente pelo aquário) podem ser eliminados. Sera costapur não afecta os peixes nem as plantas.


Situações de stress, por exemplo: a chegada de peixes novos, mudanças bruscas de temperatura, podem originar o reaparecimento da doença a qualquer momento. Para acelerar o tratamento recomendamos uma ligeira subida da temperatura durante três dias (cerca de 2°C no máximo, respeitando a tolerância limite dos peixes) e uma boa oxigenação da água. Subindo a temperatura, aceleramos o desenvolvimento dos parasitas e activamos o sistema imunitário dos peixes. Desta forma aumentamos a eficácia dos medicamentos.

Fonte: Sera Manual - Como manter saudáveis os seus peixes ornamentais.
Leia Mais
0

Manutenção Regular: Como controlar a qualidade da água (Marinho)

Parâmetros: Quando se controlam? Parâmetros Ideais
pH: Semanalmente 8.0-8.5
KH Dureza de Carbonatos: Semanalmente 8-12ºdkH
Ca Cálcio: Semanalmente 400-450mg/l
Condutividade: Semanalmente 50-54mS/cm
Densidade: Semanalmente 1.020 - 1.024g/cm3 a 25ºc
NH4/NH3 Amônia: Semanalmente. Ideal: 0,0; Perigoso: 0,02mg/l
NO2 Nitritos: Semanalmente. Ideal: o,omg/l; Apartir de 0,9 perigoso
NO3 Nitratos: Semanalmente. Ideal: máximo de 20,0mg/l
Mg Magnésio: Semanalmente. Ideal: aprox. 1.300mg/l
PO4 Fosfatos: Semanalmente. Máx. 0,1mg/l; Ideal: abaixo dos 0.05mg/l
O2 Oxigênio: de 2 em 2 semanas. Ideal: acima dos 6mg/l
Cl Cloro: Mudança de água ou aquário novo Abaixo dos 0,o2 mg/l
Leia Mais
0

Doenças - Mais vale prevenir do que remediar!







Como sabemos, o stress prejudica o sistema imunitário e enfraquece as defesas e por isso, tal como acontece com os humanos, é uma das principais causas para o aparecimento de doenças nos peixes.




Como surgem os fatores de stress no aquário? - Exemplos









  • Mudança e transporte;





  • Flutuações de temperatura;





  • Estados de ansiedade dos peixes, p.ex. devido a uma socialização inadequada ou luta permanente dentro da hierarquia social;





  • Operações frequentes no aquário, p.ex. modificações contínua da decoração;





  • Aquários sem esconderijos ne refúgios;





  • Movimentação muito forte da água;





  • Valores de água inadequados;





  • Utilização incorreta de agentes químicos (p.ex. fertilizantes inadequados, aplicação incorreta de tratamentos);





  • Fracas condições de higiene, p.ex. a falta de manutenção ou manutenção incorreta;





  • Excesso de alimentação ou subalimentação e má nutrição devido a uma alimentação de fraca qualidade;





  • Sobrepovoamento.




EVITAR ESTES FATORES = PREVENÇÃO CONTRA DOENÇAS.





Reconhecer as doenças dos peixes





Conforme à sua forma de ocorrência, as doenças podem ser diferenciadas entre doenças externas e internas.





As doenças externas surgem sobretudo nas barbatanas, pele e guelrras. A maior parte pode ser detectada precocemente, sendo então possível o seu tratamento atempado.





As doenças internas não são tão fáceis de detectar. No entanto, e mediante uma observação zelosa, quase todas as doenças manifestam-se através de um comportamento atípico. Este inclui p.ex. a perda de apetite, comportamento de nado peculiar, apatia e mudança de cor (sobretudo coloração escura).





Nos capítulos seguintes serão indicados auxiliares de diagnóstico através de fotografias exemplares e descrições dos sintomas. Imperdivel!!!





Fonte: Sera Manual - Peixes de aquário saudáveis

Leia Mais
0

Aquario Plantado - Gás carbõnico



Gás Carbônico (CO2)


A fotossíntese é o processo que as plantas, seres autrófitos, que produzem seu próprio alimento, realizam para sobreviver. Para isso, exostem elementos básicos que são indispensáveis: luz, co2 (gás carbônico), h20 (água) e minerais. Como resultado do processo, temos glicose (alimento da planta) e o O2 (oxigênio).


O CO2 dissolvido na água gera H2CO3 (ácido carbônico), portanto, quando é adicionado à água, esta tende a ficar mais ácida e é através desta acidez causada pela reação destes dois elementos que iremos medir a quantidade do gás dissolvido.


Existem algumas maneiras de se introduzir o CO2 em aquários, como estas que seguem:


Sistema de CO2 pressurizado.

Consiste em um cilindro de alta-pressão, onde o gás encontra-se pressurizado na forma líquida, regulador de pressão, controlador de fluzo que regula a quantidade liberada para o aquario e um conta-bolhas, qie nada mais é que um pequeno recipiente cheio de água, que possibilita visualizar e contar a quantidade de CO2 que passa por ele, em bolhas por minuto.

Prós: Controle absoluto da quantidade de CO2 injetada, pH estável quando utilizado junto com válvula solenóide e baixa manutenção, visto que pode demorar meses para que o cilindro necessite ser recarregado.


Sistema de geração de CO2 biológico.

Consiste em um sistema industrializado ou caseiro, onde o CO2 é gerado pela respiração de bactérias que são estimuladas a se reproduzir em uma solução de água e açucar.

Possui dificuldade no controle de CO2 injetado, variação de pH devifo à instabilidade da geração do gás, risco de injetar também a solução no aquário, o que pode acabar matando os peixes, manutenção diária para retirar o CO2 no período noturno e troca da solução entre 7 e 15 dias.


O CO2 deve ser dissolvido na água por meio de reatores ou difusores de CO2. O reator pe um equipamento que força o gás a dissolver-se na água através de uma bomba que faz com que a água se movimente em um pequeno circuito fechado e, posteriormente, é liberada lentamente para o aquário. O difusor de CO2 consiste em um pequeno equipamento que faz com que o gás que entra no aquário seja dividido em pequeninas bolhas, que são dissolvidas na água enquanto sobem até a superfície.


Fonte: Livro Aquapaísagismo - Introdução ao aquário plantado. Editora Aquamazon. Autores: Maurício Xavier de Almeida e Rony Suzuki. Capítulo 9.



Leia Mais
0

Quais os animais marinhos a escolher ou a evitar?? (parte3)

Invertebrados


Os invertebrados listados abaixo são animais bastante resistentes, desde que a qualidade da água seja mantida em condições aceitáveis:


Camarões

Muitos camarões são fáceis de manter; comem restos de comida. Os chamados camarões-limpadores (p.ex. Hippolysmata grabhami) removem ectoparasitas dos peixes.


Ouriços-do-mar

Alguns outiços-do-mar alimentam-se exclusamente de lagas e são por isso extremamente úteis no controle do crescimento destas.


Pepinos-do-mar

Os pepinos-do-mar são também bons consumidores de restos de alimento e ao enterrarem-se na areia movimentam-na, mantendo-a solta. Antes de comprar um pepino-do-mar aconselha-se junto do seu fornecedor especializado. Algumas espécies, ao serem feridas e até por vezes sem razão aparente, libertam substâncias muito tóxicas para os peixes.
Leia Mais
0

Quais os animais marinhos a escolher ou a evitar?? (parte2)

Corais




Alguns corais albergam algas nos seus tecidos, algas essas denominadas zooxantelas. Esses corais não necessitam de ser alimentados pois recebem todos os nutrientes que necessitam a partir das zoocantelas.

Outras espécies de corais, no entanto, não se alimentam das zooxantelas e por isso têm que ser alimentados. Ao alimentar esses corais (p.ex. corais moles Cpnella sp. plumas-do-mar Cvernularia sp. espécies do género Tubastrea) a água é fortemente poluída. Recomendamos que não mantenha estas espécies, pelo menos nos tempos iniciais.


Leia Mais
0

Quais os animais marinhos a escolher ou a evitar??

Se queremos manter os corais, camarões e outros invertebrados no mesmo aquário, a variedade de peixes fica mais reduzida. Muitos peixes são predadores de peixes menores, de camarões e pólipos de corais. Algumas espécies pacíficas também podem originar problemas; os cavalos marinhos, por exemplo, devem ser alimentados muitas vezes, do que pode resultar a poluição da água. Ainda por cima comem muito devegar e os outros animais consomem o que era para eles. Além disso, necessitam de águas calmas e não devem ser mantidos em aquários para invertebrados. Os Anthias são peixes muito bonitos mas também muito exigentes.

Animais marinhos para um começo mais fácil




Donzelas (chromis, Dascyllus, Chysiptera)





Cabozes (Cryptocentrus, Valencienna)



Peixe-cardinal (Sphaeramia, anteriormente designados Apogon)

Peixes-palhaço (Amphiprion)






Labros (Macropharyngodon)





Peixes- Cirurgião (Acanthurus, Zebrasoma)








Obs. Na próximo postagem escreverei sobre Corais - Não Percam!!!!
Leia Mais
0

Controle de algas no aquário

Principais causas no aumento na quantidade de algas:

  1. Excesso de Peixes;

  2. Muita luz;

  3. Muitos nutrientes na água;

  4. Muitos nutrientes no solo;

  5. Tempo excessivo de luz acesa no dia;

  6. Muita injeção de CO2;

  7. Sol batendo no aquário.


Controle na quantidade de algas:


  1. Filtro com lâmpada Ultra Violeta;

  2. Peixes algueiros e limpadores;

  3. Peixes de fundo;

  4. Troca parcial da água;

  5. Trocar a parte mecânica do filtro semanalmente;

  6. Diminuir a movimentação da água;

  7. Colocação de mais plantas naturais.



Leia Mais
0

"Criando Rochas Artificiais Vivas"

Neste artigo mostraremos como "crias rochas artificiais vivas".

Você irá precisar de:
  1. 1 KG de Rocha Artificial para cada 10 litros de água;
  2. 1 kg de Rocha Viva Natural para cada 100 litros de água.

Colocar as rochas (1 e 2) no módulo de cultivo (aquário ou caixa de fibra). Fazer uma montanha de rochas artificiais + rochas vivas. Colocar uma bomba (ou várias) de circulação com vazão 6 a 10 vezes o volume de água do áquario por hora.

Obs: Aquário sem peixe e sem solo ("pelado").

Tempo de carência (Cura): 2 meses para a rocha artificial crua ser retirada do módulo (e já denominada: rocha artificial viva).

As rochas artificiais vivas podem ser retiradas do módulo e servirem de "START" biológico para novos aquários recém montados.

Obs2: Retire as artificiais gradualmente , e moderadamente.

Obs3: Reponmha novas rochas artificiais cruas (sem vida) conforme as "artificiais vivas" são retiradas do módulo.

Obs4: Iluminação moderada 8 à 12 horas por dia.

Água marinha sintética (as rochas ficarão submersas nesta água): Densidade 1021 a 1023; Temperatura 20 a 25 ºC; pH 8,1 a 8,4; Troca parcial 1/4 ao mês.

Sugestão dada por Marcus Marques da Silva - Revista Aquarismo Junior-n138-fev/mar/2011

Leia Mais
0

PROMOÇÃO!!!! Canister Jebo 838 1200L/H


Super Promoção do Canister Jebo 838!!!

Filtro tipo canister com vazão de 1200 litros/hora, ideal para aquários de até 400 litros. Silencioso e fácil de instalar, possui 4 compartimentos para material filtrante. Acompanha carvão ativado, cerâmica e lã. Para aquários de água doce ou salgada. Modelo 838. Consumo 28w. Voltagem 110v.

R$ 330 reais em até 6x sem juros ou 287,10 à vista!! Promoção Imperdível.
Leia Mais
0

Artemiss Saltwater Ecological Laboratories



Artemiss Saltwater 118ml Ecological Laboratories

Expelente 100% natural para doenças bacterianas em peixes de água salgada. Excelente produto. Tratamento sem químicos contra doenças bacterianas:

  • Hidropsia bacteriana
  • Escamas eriçadas
  • Fungos
  • Pele leitosa
  • Apodrecimento de nadadeiras, boca e cauda
  • Úlceras e feridas.

Artemiss é seguro para todas as formas de vida do aquário, e é ótima ajuda para aclimatar peixes novos em ambientes.

Confira em nosso site: www.aquariosnet.com.br

Leia Mais
0

"O Mito do Sal no Aquário de Água Doce"

Estava lendo alguns artigos na internet e achei um extremamente interessante. Achei legal dividir estas informações, pois este tema é objeto de muitas dúvidas.

"Em qualquer contexto que seja, sempre existem as lendas sobre um determinado assunto, no aquarismo isso não é diferente, acontece com a regra do cm de peixe por litro de água; com o peixe que cresce de acordo com o tamanho do aquário; aquele "cascudinho" que come as fezes dos outros peixes; os aquários pequenos que são os melhores para os iniciantes, pois dão menos trabalho; apaiaris que são carnívoros e vorazes predadores de peixinhos indefesos; aqueles remedinhos coloridos que devem ser utilizados no aquário a cada troca de água para prevenir as doenças; as matrizes de algum peixe que estão à venda; o aquário que deve ser desmontado e lavado a cada 6 meses e por aí vai...

Dentre estes mitos, ou lendas, existe um que ainda hoje é bem forte entre os aquaristas: o uso do sal grosso em aquários com peixes de água doce.

Foi pensando em como desmistificar este assunto de uma vez por todas, que nós resolvemos escrever este texto, esperamos com ele conseguir mostrar que o sal não deve ser usado a torto e a direito nos aquários de peixes de água doce e o que o seu mau uso pode causar nos pobres peixes que não têm como se defender das atitudes que o "dono" do aquário pratica.

Toda água contém substâncias dissolvidas - sais, gases, pequena quantidade de compostos orgânicos e vários poluentes. Além da temperatura da água, esses são os fatores de maior importância fisiológica.

A água do mar contém cerca de 3.5% de sal (isto é, 1 litro de água do mar contém aproximadamente 35g de sal), os principais íons são sódio e cloreto, com magnésio, enxofre e cálcio presentes em quantidades substanciais. A concentração varia um pouco conforme a região.

A água doce, ao contrário da água do mar, apresenta um conteúdo de solutos altamente variável. Se a água corre sobre uma rocha dura e insolúvel, como o granito, ocorre a dissolução de pouco material adicional e, portanto, esta água é denominada mole; por outro lado, se ela se infiltra no calcário poroso, pode dissolver relativamente grandes quantidades de sais de cálcio e é denominada água dura.

Percebam o fato de que o termo "sais" é aplicado para outros compostos que não aquele sal de cozinha ou sal grosso que você conhece.

Os animais de água doce possuem fluidos corpóreos que são osmoticamente mais concentrados que o meio; estes animais são chamados de hiperosmóticos.

As diferenças são geralmente reguladas cuidadosamente pelo organismo do animal. Para ilustrar os problemas da regulação de volume das células, podemos considerar a membrana celular permeável à água, porém impermeável aos solutos. Uma alteração na concentração extracelular (fora da célula, ex: na água) causará uma alteração no volume celular:

Se a concentração extracelular (da água) for reduzida, a célula absorverá água e inchará - um problema que pode acontecer com os ciclídeos africanos que necessitam de água "dura" e são mantidos em água "mole".

Se a concentração extracelular for aumentada (colocar sal na água de um peixe de água doce), a água será retirada e a célula murchará, o peixe vai "perder" água para o meio, ficará desidratado.

As concentrações iônicas são sempre muito diferentes daquelas do meio externo, mas isso não é tudo. Acontece que cátions comuns Na+ e K+ , têm um efeito perturbador considerável sobre a ação de enzimas metabólicas e alterações substanciais nas suas concentrações poderiam causar um grande desarranjo no metabolismo celular.

Boa parte do metabolismo celular depende de um processo popularmente chamado de bomba de sódio e potássio, no qual íons de potássio são mantidos em concentração intracelular maior e íons de sódio são mantidos em concentração extracelular maior. Tais concentrações permitem o funcionamento de proteínas que controlam a entrada de nutrientes vitais à celula, como glicose e aminoácidos.

Sendo o sal de cozinha comum composto pelos íons Na+ e Cl-, ao ser adicionado em uma maior quantidade no meio em que o(s) peixe(s) se encontra(m) estará afetando diretamente o metabolismo celular do animal, a menos que o organismo do mesmo seja capaz de se adaptar a tal situação.

Apesar de tal fenômeno não ser de imediata mortalidade, são consideráveis os impactos causados nos organismos dos peixes, mesmo que aparentemente esteja normais, afinal as concentrações utilizadas não chegam a ponto de causar uma desidratação fatal.

A perda de água causa o aumento da concentração de solutos e o sistema de absorção e reabsorção de íons encontrado em animais de água doce aumenta ainda mais a concentração de Na+, principalmente em todos os órgãos do animal. Tudo isso causa uma falência gradativa dos sistemas vitais, levando a uma lenta e sofrida morte.

Em um estudo recente sobre o efeito do sal (NaCl) em tilápias, ficou provado que muitos peixes apresentaram lesões como: perfuração do opérculo, perda de escamas, alguma despigmentação, letargia, distensão abdominal e outras anomalias. Tudo isso por terem sido mantidas em água com concentração de sal (NaCl) elevada, à qual estes peixes normalmente não são expostos.

Casos especiais de peixes de água doce hipersensíveis à presença do sal grosso na água:

Exisem peixes que apresentam o corpo revestido por placas ósseas no lugar das escamas: coridoras, tamboatás, brochis, loricarídeos e afins; estes peixes possuem uma camada muito mais fina (podendo até mesmo estar ausente) de muco epitelial externo.

Eles não suportam a presença de sal na água (NaCl), pois ele pode facilmente levá-los à morte por desidratação rapidamente devido à grande diferença osmótica criada, à qual não estão adaptados e não são capazes de enfrentar. Muitas, se não a maioria, das espécies de loricarídeos não suportam a presença de sal na água.

Quando a adição do sal na água do aquário é recomendada:

Espécies adaptadas a meios mais instáveis e/ou salobros, como o ambiente estuarino, possuem sistemas de absorção de íons que varia de acordo com a concentração osmótica do meio, ou seja, em meios de concentração salina maior, a absorção de íons será menor e vice-e-versa.

Assim, tais espécies conseguem manter seus fluidos vitais estáveis, evitando a desidratação já mencionada e/ou uma super-hidratação, caso o meio seja hipotônico em relação ao organismo do peixe.

Algumas espécies, por estarem há muito adaptadas a tal ambiente, acabam necessitando de alguma adição de sal na água para uma vida plena e saudável, seja pelo desenvolvimento de fraqueza contra doenças menos comuns em águas salobras ou mesmo pela necessidade de certa quantidade de sal para a melhor manutenção do tão citado equilíbrio osmótico ( certas espécies como o abelhinha e o conhecido mexirica, por exemplo). Para outras, mais adaptáveis e resistentes, pouco importa a concentração salina na água, desde que não haja extremos e avariação não ocorra bruscamente (havendo poecilídeos em geral como exemplo).

Algumas espécies mais comuns e que vivem bem em água salobra: algumas espécies de baiacus, o conhecido peixe vidro indiano, o já citado abelhinha famoso por seu diminuto tamanho que é inversamente proporcional à sua beleza e charme, o peixe arqueiro é outro que vive melhor em água salobra, mexirica e scatófagos também integram o time.

Existem várias outras espécies, cada uma com suas necessidades particulares quanto à densidade da água, tamanho do aquário, companheiros e alimentação.

A natureza demorou milhares de anos para moldar as necessidades de cada espécie de peixe, não queira ser do contra e fazer seu peixe sofrer só porque lhe falaram que o sal grosso faz bem para peixes de água doce. Existem muitas informações por aí, o importante é saber questioná-las e filtrá-las!!!

Apenas frisando: Não coloque sal grosso na água do seu aquário com peixes de água doce!!!!

"Ahh mas eu li em um site que o sal é bom contra o íctio..."

NÃO coloque o sal, ele faz mal para o parasita e para o pobre coitado do peixe que já está debilitado.

"Mas fulano usa sal no aquário e os peixes dele estão bem"

Primeira questão: são peixes que podem viver em águas com uma salinidade maior, por exemplo, os poecilídeos (lebiste, molinésia, plati, espada...)?
Segunda questão: Faz quantos anos que ele trata os peixes assim? Não perdeu nenhum? Todos cresceram bem?

"Ahhh mas..."

Nada de "mas", é comprovado cientificamente que o sal grosso faz mal a peixes de água doce.

Boa sorte com seus peixinhos!"

Créditos: Cinthia Emerich e Felipe Aoki (http://www.sekaiscaping.com/2009/07/o-mito-do-sal-no-aquario-de-agua-doce.html).
Quero elogiar os autores deste artigo, pois é o melhor artigo relacionado ao assunto que li.
Leia Mais